Toda mulher quando está grávida, sobretudo se for mãe de primeira viagem, pensa nos momentos futuros que terá ao lado do seu bebê. Como será o parto? Qual será a minha sensação ao pegar meu filho no colo pela primeira vez? Como será o cheirinho? Será que é difícil amamentar ou vou tirar de letra? Será que vou ter leite suficiente? Enfim, ficaria aqui um tempão listando várias dúvidas e medos que a maioria das mães têm. Mas resolvi escolher um tema para abordar no texto de hoje: a amamentação.

Quando vemos num filme ou comercial uma mulher amamentando, geralmente, é aquele ambiente lindo e acolhedor, um momento calmo e de troca de carinho entre mãe e filho. Esse é o cenário ideal da amamentação, mas a realidade pode ser muito diferente disso. Amamentar também pode ser difícil. As quatro maiores dificuldades são: pouco leite, dor, bico invertido e falta de informação e de apoio. Sim, as críticas e o despreparo também são fatores dificultadores da amamentação.

Pouco leite

Primeira coisa a se esclarecer: não existe leite fraco! Isso é um mito. O que pode acontecer é de o bebê não sugar adequadamente, ter restrição de horário para as mamadas e fazer uso de bicos artificiais. Respeite a livre demanda e procure posições confortáveis para você e para a criança. Além disso, é recomendado evitar bicos artificias na fase em que o seu filho está exclusivamente fazendo o aleitamento materno.

Algumas situações específicas podem acarretar produção insuficiente de leite, entre elas, a hipoplasia mamária (uma condição anatômica em que a mama não conseguiu se desenvolver adequadamente) ou a cirurgia de redução de mama.

Lembre-se! Quanto mais o bebê mamar, mais leite você irá produzir. Sinta-se segura e confiante e, caso tenha dúvidas, procure a ajuda de uma consultora em aleitamento materno.

Dor

A pega correta é fundamental para se evitar dor durante a amamentação. Você sabe como é? O bebê deve estar com a boca bem aberta e o mamilo posicionado em direção ao céu da boca. Incentive seu filho a pegar mais a parte de baixo da aréola do que a de cima. Isso vai garantir uma mamada mais confortável.

A dor pode estar associada também aos bicos rachados. Quando acontecer, avalie o motivo que levou a isso e ajuste a pega rapidamente. Pomadas não devem ser usadas. Mamas muito cheias também podem levar a fissuras. A mãe pode massagear as mamas e retirar um pouco do leite. Elas continuarão cheias, mas macias.

Bico invertido

Se o bico do seio for voltado para dentro, pode dificultar a pega nos primeiros dias. Ajuste a postura, coloque o bebê bem próximo do corpo da mãe e faça massagens no seio. Não utilize conchas ou bicos de silicone sem recomendação e auxílio de um profissional.

Falta de informação e de apoio

Leia livros sobre amamentação e busque fontes confiáveis para se informar. Toda gestante deve começar o acompanhamento pediátrico antes mesmo do bebê nascer. Através das consultas, você pode tirar diversas dúvidas e ter todo o apoio necessário para quando tiver com seu filho nos braços. Entre as dúvidas que você pode esclarecer está a amamentação. É a hora de você perguntar tudo, se preparar para o momento e ter apoio profissional. Estar munida de informações e preparada, com certeza, vai ajudar muito no processo. É claro que você poderá ter alguma dificuldade, sentir dor nos primeiros dias, mas será contornado facilmente, pois você saberá como agir em cada caso.

Além disso, nas primeiras mamadas uma consultora em amamentação poderá te dar dicas e auxiliar no momento. E para finalizar, mais um conselho importante: tenha uma rede de apoio! Marido, familiares, amigos, outras mães, enfim, pessoas que vão te apoiar e te auxiliar no que for preciso. Mas não dê ouvido aos palpiteiros! O que sua vizinha fez pode ter dado certo para ela, mas não quer dizer que é o ideal para você.  A amamentação é um momento único de conexão entre mãe e filho. Aproveite-o da melhor forma possível!